O Educador Bem Sucedido
Às vezes nos perguntamos porque alguns professores são bem aceitos, conseguem conquistar a confiança de seus alunos e desempenhar um grande trabalho profissional, enquanto que outros com as mesmas condições, formação e salários, já não desempenham sua função de forma satisfatória.
Entre tantas questões, uma é determinante para o maior ou menor sucesso profissional do educador, é a capacidade de relacionar-se, de comunicar-se, de motivar o aluno de forma constante e competente, uma mobilização afetiva dos alunos pela sua simpatia, capacidade de sinergia, de estabelecer uma sintonia interpessoal grande.
Para se conseguir estabelecer vínculos, é preciso que o professor tenha interesse em aceitar seus alunos afetivamente. É preciso preparar-se para o sucesso e desenvolver um bom relacionamento com os alunos, caso contrário se prepara a aula prevendo conflitos, que estão cansados da rotina, acaba passando uma desconfiança para os alunos, gerando distanciamento e barreiras nas expectativas a serem atingidas.
O sucesso pedagógico depende da nossa competência intelectual, mostrando que conhecemos determinadas áreas do conhecimento, relacionando-as com os interesses dos alunos, além de aproximar a teoria das vivências da reflexão, ou seja, a prática. Ser coerente é uma característica essencial do bom educador, os nossos educandos estão muito atentos as nossas ações cotidianas, por isso não basta só falar, precisamos agir com competência intelectual, com o emocional e com a ética ao mesmo tempo.
O modo como nos expressamos é algo extremamente fundamental, as técnicas de comunicação são muito importantes, pois é preciso que se adapte ao estado de espírito da classe, às circunstâncias, que saiba jogar com as metáforas, com o humor, com as tecnologias, os alunos gostam de ser surpreendidos, de novidades, de variações nas técnicas e métodos de organização das aulas.
Ensinar, muitas vezes, é algo muito complicado, somos seres diferentes, mas essa distância dos seres é que nos torna interessantes, pois aprendemos muito com os relacionamentos, com as experiências, com as realizações e com os fracassos. Ser um bom educador não é preciso ser perfeito, basta se aproximar ao máximo do que você é naquele momento, que se revele sem máscaras, sem jogos, que seja alguém atento a evoluir, a aprender, a ensinar e a aprender.
Link:
http://www.eca.usp.br/prof/moran/sucedido.htm